Quem nunca sorriu ou chorou com um risco na parede feita por uma criança? Na verdade, esses “rabiscos” se chamam garatujas e estão presentes na vida da criança quando ela começa a fazer seus primeiros rabiscos em qualquer lugar.
Será que se pode chamar garatujas de rabiscos? O que os adultos chamam de rabiscos, na pedagogia, chamamos de garatujas. Onde os adultos veem traços sem sentido, são os primeiros desenhos, traços ou palavras de uma criança.
E se o meu filho quiser escrever suas garatujas, o que fazer? Veja algumas explicações neste post que preparamos!
O que são garatujas?
As garatujas são desenhos menos elaborados e coordenados, mas ao mesmo tempo são uma forma natural de expressão gráfica que têm significado para as crianças. Mesmo que os traços não signifiquem nada aos olhos dos adultos.
São nesses pequenos movimentos das garatujas que as crianças experimentam o movimento, a pressão, a textura e a ação de criar algo no papel, e o desenho ajuda os pequenos a desenvolverem habilidades motoras finas, coordenação olho-mão e percepção visual.
As garatujas também são uma forma de expressão sócio emocional para as crianças, porque por meio dos traços simples elas transmitem sentimentos, emoções, experiências e se comunicam sem a o uso da linguagem verbal.
Logo, as garatujas são os primeiros grafismos e manifestações criativas das crianças, e costumam começar entre o primeiro e o quarto ano de idade com o uso do lápis, giz ou caneta firme, em folhas, mobílias ou mesmo na parede.
Quais são as fases das garatujas?
As garatujas são organizadas em três categorias que estão ligadas ao desenvolvimento infantil. E essas categorias mudam conforme a criança tenha mais tempo e espaço para rabiscar e se expressar com liberdade.
- Garatuja desordenada, vem do prazer do movimento, sem se restringir aos limites da folha de papel.
- Garatuja ordenada, com maior controle motor fino, com presença de movimentos circulares e representações do mundo ao seu redor.
- Garatuja nomeada ou identificada, quando a criança começa a colocar intenção e muitas vezes nomear o que desenha.
Como estimular seu filho a fazer?
Já citamos que as garatujas são desenhos feitos pelas crianças. Tratam-se também de manifestações simbólicas que podem retratar as emoções, por isso são importantes para estimular as crianças a se expressarem cada vez melhor.
Dessa forma, não se desespere ao encontrar as garatujas de seu filho na casa, mas estimule, promova e registre porque elas vão ajudar a construir um ser humano mais seguro, livre e capaz de manifestar suas emoções.
Veja algumas dicas para estimular as garatujas
# Disponibilize diversos materiais
Uma folha de papel e um lápis de cor já são suficientes, mas quanto mais opções, mais livre o pequeno estará para experimentar, usar a criatividade e elevar sua capacidade de expressão visual.
# Peça para desenhar objetos
Mostre para a criança diferentes desenhos e imagens para que ela possa se inspirar: livros, revistas, cartazes, a natureza, brinquedos etc., isso serve de inspiração para suas garatujas.
# Desenhe junto com a criança
Dê atenção ao seu filho(a) e participe da atividade; isso gera alegria e reforça os laços de afeto; além disso, compartilhe ideias, cores, descobertas e diversão juntos.
# Converse sobre as garatujas
Nesta conversa pode nascer uma bela história! Então, pergunte o que ela quis desenhar e o porquê, crie histórias sobre isso e faça de um “rabisco” uma fonte de muita escuta ativa e trocas.
# Exponha as criações
Exponha os desenhos da criança em um local visível, como a porta da geladeira ou um mural no quarto dela. Isso demonstra que você valoriza suas criações, incentivando seu filho(a) a continuar desenhando e se expressando.
Proporcione um lugar para as criações das crianças!
Já demos várias dicas para estimular as garatujas e como proceder para valorizá-las. Mas se, além dessas dicas, você quiser as paredes pintadas, não há problema!
Basta reservar um lugar apropriado para isso em casa e monitorar! Com certeza, as crianças vão amar e o espaço pode se tornar um lugar privilegiado para os desenhos. Depois, nada que uma boa demão de tinta não resolva!
